17 janeiro 2004

Salada Mista

Em Barra Grande nós éramos as Frutas, ou melhor, PÊRAS. Calma lá, eu explico. Isso faz parte de um surto chamado Bahia.

Fomos nós todas: as duas PÊRAS oficiais, a CEREJA, a CAJU e a JACA. E por falar em JACA, vale a pena contar que a princípio ela era a MORANGO, mas logo no primeiro dia constatou-se que ela enfiava não só os pés, como as mãos e a cabeça na jaca. Pronto, virou a JACA, propriamente dita. Tinha também a MAÇÃ e o TOMATE, a UVA e o namô (que legume ele era mesmo?!). Mais tarde chegou a MANGA e a louca da GOIABA, só para calibrar o time feminino.

Conhecemos o BRÓCOLIS, o BETERRABA (futuro prefeito da cidade) e a Princesa KIWI logo na balsa. Eles nos mostraram muito do que a Bahia tem de bom. Através deles conhecemos o ALFACE, o ERVILHA (Jurema), o BATATA (ai, BATATA!), o MANDIOCA, irmão do BATATA (ai, BATATA!) e a MAMÃO, ou melhor, o colar do BATATA (aaaaaai, BATATA!).

O BROCÓLIS e a PÊRA tiveram um affair, mas a PÊRA parecia estar mais ligada nos passos do belo PALMITO.

A louca da BANANA aterrissou láááá em Barra Grande e ficava vagando sozinha vampirando quem encontrava. É verdade. Mas já era de se esperar.

CAJU conheceu ABOBRINHA. Juntos formavam o casal jaca. Mas CAJU não parou por aí, depois conquistou o VAGEM (que inevitavelmente virou o ALHO) e aquele outro (quem ele era mesmo?), sei lá, o BEJÃO! E não é que essa história de misturar frutas com legumes dá certo?!

A CEREJA e uma das PÊRAS pareciam meio contidas em ceder suas graças a algum legume. CEREJA foi tão devagar, que o AIPO e o RABANETE levaram o AGRIÃO embora “antes do tempo”. Aliás essa história de RABANETE e AGRIÃO nasceu já faz tempo, mas eu conto em outra oportunidade.

Nessa altura a JACA já era também a MAGA PATALÓGICA. Essa mulher é firmeza!

Adotamos um gatinho (chama-se Herminho, por que será?!), e a PÊRA vai trazer ele pra Sampa.

A MAÇÃ e o TOMATE deixaram saudade na casa, enquanto a UVA e o namô (ainda não lembrei seu nome comestível) seguiam viagem. MAÇÃ me ensinou um pouco sobre acreditar até o último momento. Eu acreditei, mas não foi dessa vez!

A turma foi crescendo... (e eu que não gosto de andar em bando). Tinha os luais com o RÚCULA no Sol do Mutá (que pôr-do-sol é aquele???).

Conhecemos o KANI (amigo do MILHO e do JILÓ), e depois toda a turma do camping... a PITANGA e a LICHIA.

Encontramos o AIPIM, O BROTO DE FEIJÃO e turma. O CHUCHU só aparecia no auge das baladas, e não é que durante o dia a gente não o reconhecia?!

Ah, lembrei do FEIJÃO e do LENTILHA, que fizeram uma sonzeira em Taipús de Fora.

O FOGUINHO ARGENTINO sempre vagando pela cidade desacompanhado. Que desperdício... Me dá um gole desse chimarrão!

A essas alturas a JACA já era a POMBA-GIRA também! Ai, JACÃO... adoro muito!

Conhecemos também a AMORA, a ROMÃ, e a CAQUI, chiquérrimas, no passeio de barco. Tudo tããão colorido!

Mas a minha viagem já estava chegando ao fim. Cada passo na areia tinha um quê de despedida. Aquele marzão ia e voltava me chamando de volta pra Sampa. É, tenho que trabalhar.

Tudo isso não é delírio não. Ou melhor, fomos nós, naturalmente deliradas, em Barra Grande. Já deixou saudade.

É... DESAPEGO TOTAL, galera!

ADORO MUITO TUDO ISSO!

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