17 novembro 2010


"(...) quando ela me vê, onde estiver, no banheiro, na cozinha, na aldeia, na parede do cemitério, no campo, onde eu estiver, ela me seduz. Ela me lança um olhar sensual, fecha os olhos ou seus lábios brilham e a coisa acontece. As narinas estremecem como asas de borboleta. Suspira feito um animal. Envolve a sedução em roupões coloridos, usa os elogios como envólucros da sedução; ela me faz acreditar que a) eu sou um homem fantástico, b) se por alguma razão eu não for, ela é louca por mim do mesmo jeito.”

Uma Mulher, Péter Esterházy

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