06 janeiro 2006

Viro as costas para aquilo que não sei se faz parte do meu sonho, ou da vontade de não sonhar. Entre o sorriso morno e o olhar quente, entre a mentira mais árdua e a verdade mais palpável.
O olhar vasto que nem sempre mira em minha direção, ainda que penetre firme e incisivo dentro do meu íntimo, ainda que seja intensamente para mim. Só para mim.
Nosso infinito vaga por anos, entre idas e vindas, tardes e noites, entre multidões e quatro paredes, as íntimas paredes do nosso ser.
Não me faça cruel, meu pedaço secreto de emoção.
Desvenda, explora, navega.
De verdade.

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