Ando me sentindo sozinha. Morar sozinha tem destas coisas, não tem como chegar em casa 365 dias por ano e sentir aquele puta bem estar. Estou louca para ter uma cachorrinha, ela até tem nome, Amora, seria uma yorkshire, mas tenho certeza que se eu cometer essa loucura, um dia chego em casa e ela estará enforcada no lustre de tanta solidão. Não páro em casa, nunca parei, minha mãe que o diga. Sou foda. Ando tentando me convencer que ter um gatinho pode ser legal. Nunca me senti muito a vontade com os felinos, mas eles são quase tão independentes quanto eu, são limpinhos, não enchem o saco de niguém (?) por que não, hein? Também não sei... Outro dia tava na casa da Ropy e, juro, nunca ninguém me olhou tão profundamente nos olhos que nem a Donna, a gata dela. E olha que eu sou de olhar nos olhos de todo mundo e costumo me relacionar com quem também o faz. Mas ela me encarou de verdade, até que eu ficasse sem graça e desviasse o olhar, como se estivesse compartilhando todos os meus pensamentos, de verdade, por osmose. Não sei, me acalmou.
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