22 agosto 2005

Esses dias tive uma daquelas noites nostálgicas. Dessas que você resgata e verbaliza toda sua adolescência e mais que isso, a revive. Senti os cheiros, as sensações, as dúvidas, os sentidos; revivi sentimentos. Senti coisas que não tinha sentido. Senti um pouco de culpa. Arrependimento não, não consegui.
Não sei se senti saudade. Saudade das pessoas sim, do tempo não. Ele foi muito bom, mas como tudo, passou. Foi necessário para aqui eu estar e confesso amar onde estou.
É que só hoje eu percebi que eu era louca. Não louquinha, louca mesmo. Ingênua como toda criança, I N T E N S A como sempre serei, segura como ninguém e arisca como já não sou.
Hoje em dia sou normal, cheia de peculiaridades só minhas, mas normal. E me fascino pela maturidade. Sempre. Hoje não tenho medo do tempo, das rugas, e do futuro que nunca é agora. Não sei quando nem até, mas sinto agora um tremendo bem-estar.
O que levamos daqui senão essa bagagem das coisas só nossas? Que mesmo quando compartilhadas entre gargalhadas e arrepios, continuam sendo só nossas e de ninguém mais.
Tenho vontade de rir. Abrir as cartas e continuar essa busca do que passou. Resgatar no mundo aquele que me ensinou. Deixar para trás aquilo que não acrescentou.
Hoje sou Mulher. O tempo não errou.
Naveguemos.


Eu sei navegar para dentro. Dentro do mundo que reside dentro de mim.
Dudu Lima

Miss u so bad...

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