Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem fatos, a minha história sem vida. São as minhas confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho a dizer.
08 novembro 2004
Time after time
Dormir - e sonhar muito - como o maior ato de conforto.
Abraçar o travesseiro como quem tenta aquecer o coração.
Olhar pro teto branco e pálido e ver estórias projetadas.
Encher o sábado de afazeres que não levaram a lugar nenhum.
Gargalhar sei lá do quê, sozinha, debaixo do cobertor.
Trocar confissões com sua homemate só pelo olhar.
Fazer perguntas sem resposta.
Cozinhar abobrinhas para si mesma.
Dormir em todos os filmes e assim, assití-los por capítulos, como uma novela.
Se perder nas trilhas sonoras como quem se perde num caminho sem volta.
Beijar por beijar.
Boiar na multidão da noite paulistana.
Esperar ansiosa pela segunda-feira atribulada de trabalho.
Tentar dormir um pouco mais.
Sentir saudade.
Saudade.
Muita saudade.
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