Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem fatos, a minha história sem vida. São as minhas confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho a dizer.
06 outubro 2004
Assim... Sussa!
A tua presença entra pelos sete buracos da minha cabeça
A tua presença pelos olhos, boca, narinas e orelhas
A tua presença paralisa meu momento em que tudo começa
A tua presença desintegra, atualiza a minha presença
A tua presença envolve meu tronco, meu braços e minha pernas
A tua presença é branca, verde, vermelha, azul e amarela
A tua presença é negra
A tua presença transborda pelas portas e pelas janelas
A tua presença silencia os automóveis e as motocicletas
A tua presença se espalha no campo derrubando as cercas
A tua presença é tudo que se come, tudo que se reza
A tua presença coagula o jorro da noite sangrenta
A tua presença é a coisa mais bonita em toda natureza
A tua presença mantém sempre teso o arco da promessa
A tua presença
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