07 maio 2003

Tive que recortar e colar este texto que a Faby escreveu em seu blog, pois me emocionou muito. Não só pelas lembranças maravilhosas, mas por ver claramente que hoje em dia tudo isso (que dá muita saudade) continua totalmente presente.
É gratificante demais ver que a escolha das nossas amizades foram certas, mesmo tendo sido feitas tão cedo, numa fase tão imatura, desprovida de grandes problemas, de grandes lições de vida... Como já disse ontém, meus amigos me orgulham, e como consequência, minhas escolhas também. Acredito muito no poder que temos de selecionar quem está presente em nossas vidas, e essas pessoas citadas abaixo são apenas algumas delas!

"O cheiro das coisas é o que mais "pega" a minha memória. O
que mais marca a minha vida. Mais do que música em alguns
aspectos.
Hoje senti o cheiro do perfume que minha irmã havia passado
antes de sair, o CK One. Eu usava esse perfume diariamente na
época do colegial. E aí pronto, a melancolia entrou em ação.
Várias cenas vieram na minha cabeça. A entrada do Augusto
Laranja, as meninas, as aulas do Torres, do Anchieta, da
Estér. Putz, lembrei de várias coisas muito legais. Da Manu,
que mesmo quando chegava de mau humor fazia a gente rir
muito. Ela institucionalizou o intercâmbio de CDs e com
certeza foi a responsável pelo nosso gosto musical, que
perdura até hoje. Live, Dave Matthews, Tracy Chapmann, Sister
Hazel, Pearl Jam e tantos outros. Manu e seu walk man -
juntos para sempre, mesmo no laboratório de física. Lembrei
da Jú, que não gostava quando a gente contava nossas
histórias e fofocas enquanto ela comia na hora do intervalo,
ela dizia que não conseguia comer e prestar atenção. E ela é
assim até hoje. Lembrei da Péu, que SEMPRE ficava noiada com
as provas e SEMPRE ia bem. Chegava com cara de poucos amigos
e dizia "Acordei as 4 pra estudar". Da Bi, sempre desencanada
e cheia de boas novas, da Ká que nossa, como se preocupava em
nos agradar e aconselhar. E como ela conseguia. Da falta que
a Marininha fez pra gente no colegial. Da Bru e da Bé,
duplinha inseparável. Lembrei dos papos, das preocupações,
das crises de paixonites agudas, das infelicidades e das
alegrias fáceis. A gente achava que tirar carta seria a
solução pra tudo. Carona dos pais? Nunca mais! Tínhamos
aquela inveja boa da Coca e seu golzinho, pra lá e pra cá. Na
terça-feira os 3 dias do final de semana já estavam
planejados e de repente até as roupas também! Putz, a gente
era feliz e não sabia. Os "problemas" eram deliciosos. Todos
os dias eram iguais. E todos os dias eram diferentes.
Mas o mais legal de lembrar disso tudo (se eu ficasse
escrevendo sobre todos os detalhes que lembrei faria um
livro) foi ver que a grande maioria dessa turma que nasceu
nos corredores do Augusto continua viva. Ainda somos "as
meninas" e nossa, como isso é legal e raro hoje em dia.
Manter amizades antigas é um dos meus mais sérios objetivos
de vida. Isso animou a minha manhã sonolenta. Perceber que o
tempo passou, e muito rápido. Que a vida mudou, e
bruscamente. Que as responsabilidades cresceram, viraram
normais, rotineiras. Que os problemas hoje têm outra cara.
Mas que isso não nos separou, não nos distanciou. Existe a
Fabi, a Marininha, a Manu, a Jú, a Péu, a Ká, a Clau... hoje
mulheres, mas com aquele "quê" de meninas, que se Deus quiser
guardaremos para sempre.
Meninas: é sensacional saber que vcs fazem parte da minha
vida!"

FABIANA TREBILCOCK

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