26 dezembro 2002

" Não tiro minha lucidez das estrelas,
e sem dúvida acredito-me conhecedor de astrologia,
mas não para dizer de boa ou má sorte,
de pragas, de mortes, ou qualidades das estações,
tampouco posso prever a fortuna em breves minutos,
assinalando a cada um seu trono, chuva ou vento,
ou prever aos príncipes se tudo sairá bem
com frequentes presságios que encontro no céu.
Mas de teus olhos eu tiro meu conhecimento
e nas estrelas fixas leio tal arte:
que verdade e beleza floresceram juntas se te converteres em guardião de ti mesmo. Do contrário prognóstico isso:
que teu fim será o término da verdade e da beleza."

SHAKESPEARE , SONETOS DE AMOR

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